AVC
Doenças crônicas não transmissíveis 13.07.22

Vida após AVC: como a nutrição auxilia na recuperação?

Algumas pessoas passam por essa situação e, com a ajuda dos profissionais certos, conseguem recuperar […]

Algumas pessoas passam por essa situação e, com a ajuda dos profissionais certos, conseguem recuperar funções motoras e até mesmo prevenir novos AVCs (Acidentes Vasculares Cerebrais). É fundamental ter uma rede de apoio como médico especialista, nutricionista focada em doenças crônicas não transmissíveis, fisioterapeuta e fonoaudiólogo. Assim, amparado por bons profissionais, o paciente tem mais garantia de qualidade de vida. 

Na minha área de atuação o nosso foco principal é: analisar quais outras doenças crônicas não transmissíveis podem acarretar novos AVCs e atuar de forma preventiva para evitá-las. Um exemplo é uma pessoa que teve um AVC mas é hipertensa. Aqui nosso trabalho é redobrado, visto que a situação pode desencadear outro AVC. Mas o objetivo é tratar o paciente como um todo, analisando seu organismo de maneira completa. Meu trabalho também pode estar ligado a de uma fonoaudióloga, que pode sugerir a melhor forma do paciente deglutir os alimentos. Assim, eu sugiro os melhores nutrientes e com o fonoaudiólogo planejamos as melhores formas de prepará-los. 

Nutrição para quem sofreu AVC

Quando o paciente está em processo de reaprendizagem de deglutição é importante que os alimentos sejam de fácil mastigação e digestão, porém muitas vezes as famílias acabam por optar por alimentos mais gordurosos e com amidos – o que não é o ideal para nutrição.

Uma pessoa que passou por um AVC precisa se alimentar de forma saudável, seu prato precisa ter verduras, legumes, frutas, grãos, carboidratos complexos e carne magra. Com os preparos corretos é possível adaptar a alimentação de uma forma saborosa e nutritiva. Afinal, o prazer de se alimentar também é um importante motivador para os pacientes seguirem um protocolo voltado à reabilitação. 

Por fim, na fase aguda do AVC é fundamental verificar os índices nutricionais do paciente, garantindo que o corpo esteja o mais nutrido e saudável possível. Infelizmente, em alguns casos mais graves o paciente não consegue ingerir os alimentos, e muitas vezes é necessário optar por uma alimentação entérica, por sonda. Aqui também é importante analisar a necessidade de suplementação.

Compreendendo os tipos de AVCs

Existem duas formas da doença: o isquêmico, que obstrui as artérias cerebrais, normalmente ocasionado por uma trombose ou embolia cerebral. Nesses casos a pressão arterial elevada é um fator de risco. Os AVCs isquêmicos são a maioria, mas a sua mortalidade é menor.

Já o hemorrágico ocorre pela ruptura de vasos cerebrais, o que aumenta a pressão intracraniana. E por isso acabam tendo um risco maior de morte.

Entendendo os fatores de risco

Quando se trata de saúde, estar atento aos fatores de risco é primordial para saber como modificar essa situação antes que a doença de fato atinja o paciente. Confira os principais fatores de risco para AVC:

  • Hipertensão arterial
  • Tabagismo;
  • Diabetes Mellitus; 
  • Dislipidemia; 
  • Fibrilhação auricular; 
  • Estenose carotídea; 
  • Acidente isquémico transitório ou AVC prévio; 
  • Doença das células falciformes; 
  • Alcoolismo;
  • Obesidade;
  • Distribuição abdominal da gordura corporal; 
  • Sedentarismo; 
  • Terapia hormonal de substituição;
  • Dieta baseada em gordura, industrializados e sódio.

Aqui vale você analisar quais itens dessa lista fazem parte da sua vida. Algumas questões não são mutáveis como Diabetes Mellitus, mas aqueles itens que você pode modificar é importante focar. Ou seja, muitas vezes uma análise prévia e mudança de hábitos pode evitar AVCs. 

Reeducação alimentar no combate ao AVC

Se sua família tem histórico dessa doença, você precisa estar atento e buscar ajuda de uma nutricionista com foco em doenças crônicas não transmissíveis. O objetivo será adequar sua alimentação de forma que se torne prazerosa, mas com foco em torná-la saudável e evitando doenças adjacentes que aumentam a propensão de AVC. Como por exemplo redução de peso de pessoas obesas; buscar ajuda para deixar de beber ou fumar; mudanças de hábitos relacionados ao sedentarismo, se tornando uma pessoa que pratica atividade física 5 vezes por semana. Com essas mudanças conseguimos reduzir a gordura corporal, visceral e abdominal e assim também reduzimos as possibilidades de se ter um AVC. 

Esse é um processo gradual, que acontece em meses, por isso você precisa estar disposto a modificar sua rotina e ter mais disciplina em relação a sua saúde. O auxílio de uma nutricionista focada em doenças crônicas não transmissíveis vai te proporcionar o acompanhamento adequado, além de suplementação, análise com a bioimpedância e um planejamento alimentar focado na sua necessidade! 

Se você precisar de ajuda, agende uma consulta comigo!

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Nutricionista Clínica Funcional e Sócia proprietária na Clínica Amme

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