Em consultório já ouvi diversos tipos de questionamentos, mas alguns são muito frequentes. Entre esses […]
Em consultório já ouvi diversos tipos de questionamentos, mas alguns são muito frequentes. Entre esses estão a dúvida sobre a necessidade de retirar da rotina alimentar algum grupo alimentar. Hoje eu estou aqui para tirar suas dúvidas e mostrar que é possível cuidar do corpo e manter todos os grupos alimentares na sua alimentação de forma equilibrada.
O carboidrato se tornou um dos grupos alimentares mais polêmicos, pois ele é relacionado como “aquele que pode levar a pessoa a ganhar peso”. Mas antes de você riscar o carboidrato da sua vida, vamos compreender um pouco mais sobre sua formação e função.
Ele é composto por carbono, hidrogênio e oxigênio – elementos essenciais para nossa existência. Ele é nossa principal fonte de energia e sua classificação ocorre conforme o tamanho de suas cadeias. O carboidrato é encontrado nos pães, cereais, grãos, tubérculos, frutas e açúcares. O nosso corpo, e principalmente nosso cérebro, precisa do carboidrato para ter energia e realizar nossas funções básicas. Então, uma dieta onde você tem zero ingestão dele, pode ocasionar dor de cabeça, mau hálito, perda de massa magra, alteração no humor e sono, tremores e até mesmo desmaios.
Quando o corpo está sem carboidrato, utiliza a proteína como fonte de energia – que deveria estar sendo usada para manter e reparar nossa massa muscular. Ou seja, a retirada do carboidrato da alimentação gera desequilíbrio no corpo. A melhor forma de manter a saúde é saber quais carboidratos são as melhores opções para o dia a dia e quais devem ser ingeridos de forma moderada. Para isso, a reeducação alimentar é a melhor opção. Quer saber mais sobre? Leia esse conteúdo!
Esse é outro questionamento muito comum. Mas aqui eu quero ir além daquilo que você já sabe para que você perceba os dois lados da balança e tire suas próprias conclusões.
O leite é rico em cálcio, tem gordura boa, ele também contém triptofano – aminoácido que faz a síntese da serotonina, responsável pela sensação de bem-estar e ele também possui nutrientes. Mas por outro lado, o leite possui 4 x mais caseína do que a necessidade do ser humano, altos índices de hormônio estrona (aumentando o risco de câncer de mama e próstata), ele também possui casomorfina – que pode gerar dependência química, e por fim também pode gerar uma inflamação no corpo humano.
Existem pontos positivos e negativos em relação ao leite. Por isso, costumo dizer que seu consumo deve ser moderado. Alguns pacientes com doenças crônicas não transmissíveis precisam evitar o leite, assim como pessoas com intolerância. Uma vez que algumas comorbidades podem ser acentuadas com o seu consumo. Saiba mais sobre esse assunto lendo esse conteúdo.
Mas nada melhor do que fazer o teste. Troque o leite de vaca pelo de amêndoas e veja como seu corpo reage à troca. Já o derivado do leite mais queridinho, o queijo, é um ultraprocessado, então você também precisa ingeri-lo de forma consciente. Uma ótima opção é substituí-lo por queijo de búfala que não possui corantes, tem menos colesterol e é delicioso.
Quando você ingere um produto lácteo que vem escrito na caixa “sem lactose” na realidade você está se alimentando de algo com lactose, mas que já possui a enzima lactase para quebrar a lactose e assim não trazer os efeitos colaterais. Ou seja, adição de mais um componente químico para o seu corpo.
Aqui vale conhecermos melhor a história do trigo que está entrelaçada com a nossa história. Desde o antigo Egito o trigo é utilizado para fazer pão, com a evolução ele passou a ser usado também em massas e foi ganhando cada vez mais espaço em nossas mesas. Devido a uma praga de gafanhotos, que assolou as lavouras de trigo – do México e Estados Unidos – entre as décadas de 50 a 70, estudos foram feitos para modificar o trigo e torná-lo mais eficiente. Foi então que o Dr. Norman Borlang modificou geneticamente o trigo, tornando-o mais resistente e produtivo. Essa alteração genética, na época, rendeu a ele o Nobel da Paz, mas é aqui que o trigo deixa de ter foco na alimentação e saúde e visa apenas a economia.
Com a modificação surgiram 14 tipos diferentes de glútens – daqueles que existiam no Egito, quando o trigo começou a ser cultivado. O “excesso de glúten” foi inserido na indústria da panificação com o objetivo de gerar o pão mais fofo, mesmo que isso trouxesse malefícios ao ser humano. O nosso trigo atual tem cadeias de aminoácidos que o intestino tem dificuldade em quebrá-las para fazer a absorção e isso pode gerar diversos problemas à saúde, principalmente problemas autoimunes.
Essas frações proteicas mal quebradas podem desencadear problemas desde os mais comuns como celíacos, mas também podem ser relacionadas à asma, bronquite, infecção urinária e candidíase, entre outros. Isso tudo, sem ao menos o paciente perceber que o glúten pode estar causando malefícios a sua saúde.
Mas eu não contei isso tudo para você com objetivo de te deixar preocupado e sim para que você perceba como se sente ao comer aquele macarrão ou então ao saborear uma fatia de pão. Se você se sente inchado, com gases, aqui também cabe modificar seu hábito e buscar opções que façam melhor para você.
Quando eu realizo meus atendimentos, solicito exames aos pacientes. Dependendo do tipo de queixa que eles façam, também é possível verificar quais os tipos de alergias alimentares eles possuem. Dessa forma a reeducação alimentar tem o foco de reduzir esses alimentos e proporcionar conforto e saúde.
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