Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são patologias de múltiplas causas e também fatores de risco […]
Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são patologias de múltiplas causas e também fatores de risco à saúde, quase sempre silenciosas, pois podem não apresentar sintomas mas se desenvolvem por um longo período de tempo e muitas vezes por uma vida inteira – trazendo risco à vida das pessoas acometidas. As DCNT não são infecciosas e também não são transmissíveis, como o próprio nome já diz. Contudo, são responsáveis por comprometer o bem-estar das pessoas acometidas por elas, podem causar outros problemas de saúde e até mesmo trazer riscos graves à vida.
Segundo o Ministério da Saúde, 57,4 milhões de brasileiros sofrem com pelo menos uma DCNT e essas doenças são responsáveis por 72% de óbito em território nacional. Já a Organização das Nações Unidas (ONU) revela que o número de mortes relacionadas às doenças crônicas não transmissíveis a nível mundial não é tão alto quanto o índice nacional, ficando em 64% da causa-morte, mas ainda sim um índice muito alarmante.
Alguns fatores estão além do nosso controle como a questão genética, sexo e idade. Contudo, a alimentação, exercício físico, mudança de hábitos nocivos como tabagismo e alcoolismo também são fatores que influenciam para o aparecimento das doenças crônicas não transmissíveis. A ONU emitiu um parecer onde sugere a ingestão diária de 400 gramas de frutas, verduras ou legumes como uma alternativa para evitar as DCNT. Mas os estudos revelam que a cada 10 brasileiros 9 comem menos do que o recomendado.
Mas por que os brasileiros não estão atentos a essa questão que pode ser a grande diferença entre uma vida saudável ou não? A falta de informação é a grande vilã dessa situação. Muitas pessoas não sabem do histórico familiar em relação às doenças crônicas não transmissíveis e também não compreendem que a alimentação e exercício físico são fundamentais na luta contra essas doenças.
Lembro aqui que alimentos nunca são vilões, todos podem ser ingeridos desde que você esteja consciente de suas escolhas. Por isso, a reeducação alimentar é um passo fundamental para pessoas acometidas por DCNT, mas também para pessoas saudáveis. Leia aqui no blog a matéria que explica mais sobre reeducação alimentar.
O primeiro passo é se munir de informações e de bons profissionais. Busque um médico especialista, para que ele possa verificar como está sua saúde e a necessidade de medicamentos. Com essas informações em mãos, vá até sua nutricionista, que neste caso também é fundamental que tenha especialização em doenças crônicas não transmissíveis.
A nutricionista irá analisar seu caso, verificar se você tem alguma restrição alimentar e propor um cardápio focado nos seus gostos mas atrelado aos nutrientes que você precisa para que seu corpo fique mais saudável. Eu particularmente trabalho com reeducação alimentar, no caso dos meus pacientes com DCNT, eu conscientizo meus pacientes não com o foco na doença e sim na saúde deles.
Além disso, você pode buscar a ajuda de um educador físico para treinar com você e te motivar a se manter em movimento. Em alguns casos o psicólogo também pode ser indicado – para auxiliar o paciente a compreender sua condição e amenizar as ansiedades.
Fato é que a alimentação saudável é fundamental na vida de todas as pessoas. A frase: “você é o que você come” é simplista mas funciona muito bem. Uma alimentação saudável pode desinflamar seu corpo, auxiliar na perda de peso, baixar seu índice glicêmico ou os índices dos colesteróis. Mas isso não acontece em uma semana é preciso constância.
Para os pacientes de doenças crônicas não transmissíveis o cuidado com a saúde é ainda mais importante, pois se eles persistem em comer de forma desregulada – acabam por colher no futuro os frutos de suas próprias ações, muitas vezes com o agravamento de seus quadros.
Já quando realizam mudanças significativas na alimentação, podem proporcionar a redução da quantidade de um determinado medicamento ou a redução de índices que indicam uma evolução positiva em seus quadros. A nutrição, mesmo que feita com o foco em uma determinada situação ou órgão, traz benefícios para todo o corpo.
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